Moedas de mais de 40 anos são achadas durante obra em prédio, em Pernambuco

Uma das moedas mais antigas saiu da Casa da Moeda em 1974, há 45 anos. Dinheiro foi achado enterrado numa profundidade de dois metros abaixo do chão.

Moradores de um prédio em Boa Viagem, na Zona Sul do Recife, tiveram uma surpresa durante uma obra. Fazendo escavações no local, trabalhadores encontraram milhares de moedas que, juntas, valeriam muito dinheiro, há mais de 40 anos.

O edifício, de 11 andares, tem 44 apartamentos e foi construído há 18 anos. Em 2018, os moradores decidiram fazer uma reforma, que começou em novembro. Quando os trabalhadores chegaram a dois metros de profundidade na escavação, se depararam com sacos cheios de metais.

Entre eles, havia fichas de telefone e, principalmente, uma grande quantidade de moedas. Os moradores chegaram a pensar que o dinheiro ainda estava em vigor, mas eram moedas de cruzeiro e cruzado.


Moeda de 45 anos foi encontrada durante escavações em prédio na Zona Sul do Recife — Foto: Reprodução/TV Globo

O cruzeiro esteve em vigor no Brasil em três períodos: entre 1942 e 1967, entre 1970 e 1986 e entre 1990 e 1993. O cruzado, por sua vez, circulou entre 1986 e 1989. Entre as moedas mais antigas encontradas, está uma de 1974, que saiu da Casa da Moeda há 45 anos.

O servente Carlos André, que trabalha na obra, foi o primeiro que viu o dinheiro. “Eu disse ‘já estou rico’, mas, de repente, fiquei pobre de novo, já que não vale. Achei que tinha encontrado um tesouro grande, mas vai ficar só para relíquia mesmo”, declara.

O porteiro Severino Roque de Lima trabalha no prédio desde que ele ainda estava em construção. Segundo ele, o dinheiro deve ser de antigos donos do terreno. “Aqui existiam duas casas. Acredito que deve ter sido de algum morador anterior”, afirma.


Prédio onde moedas antigas foram encontradas fica em Boa Viagem, no Recife — Foto: Reprodução/TV Globo

O pessoal da obra e os funcionários do prédio recolheram tudo e lavaram uma parte. Eles não sabem o que fazer com o material.

O zelador Nivaldo Saturnino lamentou que as moedas tenham sido achadas quando já estavam fora de validade. “É um desperdício. Deixaram sair de validade. Tanto dinheiro assim, tudo perdido”, diz.

Segundo a superintendente do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), Renata Duarte Borba, o caso vai ser avaliado na terça-feira (9). “Mandaremos um arqueólogo até o local para verificar a situação e dar orientações ao condomínio”, afirma.

Via G1 Pernambuco

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